FERIADOS EM 2017
Stanley Martins Frasão
Advogado Sócio do Homero Costa Advogados
O burburinho que roda nas conversas em
todos os lugares, virtuais e físicos, são os feriados em 2017!
As datas comemorativas e feriados
nacionais foram listados: 1º de janeiro, domingo - Confraternização Universal,
28 de fevereiro, terça-feira – Carnaval, 14 de abril, sexta-feira - Paixão de
Cristo, 16 de abril, domingo – Páscoa, 21 de abril, sexta-feira – Tiradentes,
1º de maio, segunda-feira, Dia do Trabalho, 28 de maio, domingo – Ascenção, 4
de junho, domingo – Pentecostes, 15 de junho, quinta-feira, Corpus Christi, 7
de setembro, segunda-feira, Independência do Brasil, 12 de outubro,
quinta-feira, Nossa Sra. Aparecida, 2 de novembro, quinta-feira - Finados, 15
de novembro, quarta-feira - Proclamação da República, 20 de novembro,
segunda-feira, Zumbi/Consciência Negra, 25 de dezembro, segunda-feira, Natal.
Serão 10 feriados nacionais (em dias
úteis), excluindo-se os estaduais e os municipais.
O ano é composto por 52 semanas, o que
soma mais 104 dias (sábado e domingo).
A lei concede o direito de férias ao
trabalhador, 30 dias.
Com base nas datas acima, 10 + 104 + 30,
serão 144 dias de puro ócio!
Isso sem registrar que, dos feriados, 4
serão nas segundas ou nas sextas-feiras, 5 serão nas terças ou quintas-feiras,
e que estes feriados poderão ser emendados, pelo menos mais 5 dias extras de
folga. Serão 149 dias, 40,82% do ano de 2017, representando 4,9 meses, de não
atividades para parte de muitos trabalhadores brasileiros e empresas.
Segundo estudo realizado pelo Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT em 2008, 40,51% do rendimento
bruto do trabalhador brasileiro se destina ao pagamento de tributos, sendo que
o brasileiro (rendimento mensal de até R$ 3 mil) trabalhou de 1º de janeiro até
27 de maio apenas para pagar impostos, taxas e contribuições exigidos pelos
governos federal, estadual e municipal. O mesmo estudo do IBPT mostrou que o
brasileiro trabalha 148 dias por ano para pagar impostos.
Em outro estudo, o IBPT informou que o
brasileiro, nesse ano, trabalhou 153 dias, ou 5 meses e um dia, somente para
pagar tributos e que tiveram ainda que destinar em média 41,80% do seu
rendimento bruto em 2016 para pagar a tributação sobre os rendimentos, consumo,
patrimônio e outros. Nos anos de 2014 e 2015 o índice permaneceu o mesmo,
41,37%.
Afirmou o presidente do IBPT que, apesar
de contribuir cada vez mais com a crescente arrecadação tributária do País, o
brasileiro continua não vendo investimentos em recursos fundamentais e de
direito do cidadão, como educação, saúde e segurança.
E completou que, no ranking dos países
pesquisados, o Brasil se aproxima da Noruega, lugar em que os cidadãos destinam
157 dias de trabalho aos tributos. No entanto, a população de lá tem um considerável
retorno em termos de qualidade de vida, podendo usufruir dos serviços públicos,
infelizmente bem diferente do povo brasileiro, que paga muito e não tem o
retorno adequado.
Enquanto isso, o "Impostômetro",
aparelho instalado no prédio da ACSP – Associação Comercial de São Paulo, na
Rua Boa Vista 51, Centro, SP, registrou, após às 17h20 do dia 15 de dezembro de
2016, mais de R$ 1 trilhão, 909 bilhões em impostos Federais, Estaduais e
Municipais arrecadados.
Já passou da hora dos Governos Federal,
Estaduais e Municipais repensarem a carga tributária imposta aos brasileiros e
empresas, sob pena de ser eternizada a ocorrência de vários problemas
econômico-financeiros, emergindo destes outros, de caráter social, psicológico,
além do desemprego, do caos nos serviços sociais, da desindustrialização, da
restrição ao crescimento e dos juros altos.
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