segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Peleja!

PELEJA!
Peleja? Foi isso mesmo. Obter a cidadania italiana não foi nada fácil. Uma aventura com vários percalços, que podem ser assim resumidos.
Tudo começou com um anseio de uma brasileira de poder residir e trabalhar na comunidade europeia.
Descender diretamente de italianos facilitou uma parte, pelo menos no que diz respeito ao direito de pleitear a cidadania. Afinal, arrumar um marido italiano e “inventar” um casamento nessa altura do campeonato seria outra peleja!
Construir e estudar uma árvore genealógica, localizar certidões de descendentes centenários em vários cartórios brasileiros e italianos, visitar incontáveis igrejas e buscar documentos até mesmo em cemitérios, ainda que à luz do dia, claro, foi uma dura peripécia.
Como se não bastasse todo o esforço anterior, tive que levar todos esses meus “troféus”, digo, documentos, para serem devidamente traduzidos por um Tradutor Juramentado e posteriormente chancelados pelo Consulado, o que demorou quase uma eternidade diante da necessidade.
Quando a documentação finalmente ficou pronta, um amigo se ofereceu para levá-la à Itália. E eu, achando que nada mais poderia causar atraso, me deparei com um acidente! Maldita mania de brasileiro de presentear amigos estrangeiros com cachaça! Ê Lei de Murphy, óbvio, derramou tudo na mala e os meus documentos foram afogados!
Solução italiana? Esticamos um varal na janela e penduramos a documentação. Aí bateu o desespero, afinal os documentos poderiam ser recusados na Comune ( Município ). Comecei então a rezar para Santo Antônio, Santa Clara, São Longuinho e todos os Papas que me lembrei na hora. Deu certo!
Com a documentação quase 100% legível, viajei até a Comune, onde conheci profissionais “ninjas”, fixei a minha residência e alguns dias depois obtive meu Passaporte e Carteira de Identidade italianos.
Foram alguns vários anos de peleja para a obtenção da cidadania italiana, mas graças à ajuda dos Santos, tive a sorte de encontrar os profissionais certos para agilizar todo o processo.

Enfim, italiana e “buona gente”!

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