Por
Vinícius Corrêa de Queiroz, Associado a Homero Costa Advogados
A cada ano que passa os desafios das Universidades
brasileiras se acentuam, em especial para as Instituições Públicas, que vivem
constantemente com cortes no orçamento, causando impactos na manutenção da
infraestrutura, pagamento de salários e redução drástica no financiamento das
pesquisas e extensões.
Nesse cenário, a consequência é a redução das
bolsas de incentivos aos estudos e do aperfeiçoamento dos docentes, acarretando
também em laboratórios desatualizados, sem a devida manutenção e com
edificações inadequadas.
Notadamente, esses percalços afastam o ingresso de
discentes qualificados e de professores especializados.
Por outro lado, as Instituições privadas assumem as
lacunas que a Instituições públicas têm dificuldades de suprir, o que ocorre, à
toda evidência, nos processos decisórios, enquanto nestas os procedimentos são
ineficientes e padecem de uma letargia, naquelas os sistemas de gestão são
eficazes e precedidos de governança.
Nota- se que as Universidades privadas têm ganhado
relevo quanto ao instituto da Internacionalização, integrando-se de forma plena
e robusta ao cenário acadêmico global.
A Internacionalização tem como foco basilar
intensificar a colaboração acadêmica global, aprimorar a qualidade do ensino e
aperfeiçoar os alunos para um planeta ainda mais interconectado.
As formas mais atuais de Internacionalização são os
acordos de cooperação com o objetivo de promover o intercâmbio de estudantes,
professores e pesquisadores, e que acarreta na formação e especialização
singular dos novos profissionais.
As parcerias internacionais proporcionam os
programas de dupla titulação, diplomas com ambos registros, ou seja, o
reconhecimento da Universidade de origem e da Instituição estrangeira, além de
estimular as pesquisas e projetos comuns.
Esse instituto permite ainda que docentes e alunos
estudem e lecionem em Universidades estrangeiras, adquirindo novas perspectivas
e ampliando o conhecimento cultural de outro País, bem como do respectivo
sistema educacional.
Outro aspecto relevante é que as Universidades
podem incluir em sua grade curricular, disciplinas globais e materiais
didáticos de diversas partes do planeta.
A pesquisa é mais uma ferramenta que a
internacionalização fomenta, possibilitando a interação de publicações,
elaboração de projetos de pesquisas multinacionais e participações em redes de
inovações.
Ainda há que se destacar o incentivo ao
empreendedorismo, o que proporciona a formação de incubadoras de empresas,
inclusive no interior das Universidades, a instituição de parques tecnológicos
que incentiva a inovação, alavancando a transformação de ideias e projetos em
negócios viáveis e rentáveis.
Destaca-se que a Internacionalização é um modelo
que fortalece as Universidades no ambiente acadêmico, melhora a qualidade de
ensino e amplia a preparação dos estudantes para as formações de um mundo
competitivo e globalizado.
Esse desafio exige um modelo de governança
coordenada, que possa permitir o reconhecimento quanto a importância da
qualidade do ensino superior privado como instrumento de desenvolvimento social
e econômico do País.
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